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05/11/2018

2° Oficina de Integração e Alinhamento para RC/RD debateu os cinco anos do Programa Mais Médicos

O evento foi uma oportunidade para alinhar questões referentes ao Programa

Debater o panorama dos cinco anos do Mais Médicos, abordando questões relacionadas às normas e diretrizes regentes do programa, foi o que motivou o Departamento de Provisão e Regulação dos Profissionais da Saúde (Depreps) a realizar a 2° Oficina de Integração e Alinhamento para Referências Centralizadas (RC) e Referências Descentralizadas (RD), de 26 e 28 de setembro, na cidade do Rio de Janeiro.

De acordo com o diretor do Depreps, Denilson Campello, o intuito foi promover a reciclagem e troca de experiências entre as RCs e RDs, de todos os municípios que recebem os profissionais do Programa Mais Médicos. “O encontro foi muito importante para fazermos uma avaliação das novas dinâmicas que estão acontecendo nos territórios. Conseguimos perceber, ao longo desses cinco anos, a mudança de cenário nos municípios que participam do programa. Trazer esse olhar das Referências Descentralizadas foi fundamental para que, junto às Referências Centralizadas, possamos determinar os novos rumos que precisaremos tomar na dinâmica de trabalho desses profissionais, visando sempre à melhoria da prestação de serviços do Mais Médicos aos diversos municípios brasileiros”, salientou Denilson.

Além da equipe técnica do Departamento, o evento reuniu representantes do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS), Universidade de Brasília (UnB), Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), Departamento de Atenção Básica (DAB), além de membros do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

Acesse aqui a galeria de fotos do evento.

No primeiro dia, após a abertura do evento, o chefe-adjunto da delegação da CICV no Brasil, Felipe Tomé de Carvalho, palestrou sobre a missão da organização, cujo foco é prevenir e aliviar o sofrimento humano, em situações de violência e conflito armado. Ele ressaltou que, apesar de não existir conflito armado no país, há uma situação de violência semelhante –especialmente na cidade do Rio de Janeiro- e reforçou a necessidade de se firmar uma parceria com a Gestão Pública, a fim de garantir o acesso seguro a serviços essenciais, como por exemplo, a saúde. “Nosso objetivo é motivar os municípios a fazerem uma análise do impacto da violência nos serviços, já que muitos não o fazem. Para cada unidade seria criado um plano de contingência, de acordo com a sua realidade”, acrescentou.

Segundo Felipe, a CICV oferece a metodologia e apoio técnico a serem aplicados nos municípios de maior risco e, posteriormente a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES/MS) replicaria em outras unidades municipais, garantindo a sustentabilidade e continuidade da gestão.

Ao longo do segundo dia, as Referências Descentralizadas tiveram a oportunidade de esclarecer dúvidas e sugerir novas propostas, durante a apresentação da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) 2017. A proposta de integração entre a Vigilância em Saúde e a Atenção Básica, e o surgimento da figura de um gerente atuando nas unidades foram alguns dos destaques da PNAB atualizada. “Nesse momento, reunimos os participantes em pequenos grupos para atender, de uma forma mais próxima, a discussão e alinhamento, a partir das demandas dos diretores dos territórios”, comentou a técnica da Coordenação-Geral da Atenção Básica, Olívia Ugarte, condutora do grupo da região Nordeste.

Para a referência descentralizada de Minas Gerais, Eder Rodrigues, a iniciativa foi importante para sanar as dúvidas e trocar experiências com os participantes. “Como o programa está sempre evoluindo, foi uma ótima oportunidade para atualizarmos as experiências em relação às normas. Além disso, é uma excelente forma de aprimorar o trabalho no meu território de atuação e alinhar o discurso com as demais regiões, fortalecendo a nossa missão que é melhorar a qualidade do atendimento na Saúde”, reforçou.

Já no terceiro dia, o destaque foi a mesa redonda sobre os cinco anos do Programa Mais Médicos. O professor da Universidade de Brasília (UNB), Edgar Hamann, abriu a rodada de apresentações exemplificando, por meio de evidências acadêmicas e estudos qualitativos, como as entidades acadêmicas podem contribuir para ao fortalecimento do programa. “A alta satisfação dos pacientes, a melhora no acolhimento, a ampliação do acesso ao diagnóstico e o aumento de consultas pediátricas e pré-natal são exemplos que traduzem o sucesso do Programa e impactam diretamente na saúde da população ”, pontuou.

Concurso de Fotos

O evento também contou com um concurso cultural de fotografias “Olhar Descentralizado”. A ideia foi ilustrar, por meio das imagens, as atividades rotineiras de atendimento desempenhadas pelos profissionais de todo Brasil, desde regiões remotas, como aldeias indígenas da região Norte, até municípios da grande São Paulo (SP).

“A referência descentralizada da Amazônia, Ivone Canales, vencedora do concurso cultural, nos trouxe uma foto, dentre todas as participantes, que ilustra bem esse atendimento na ponta, trazendo para nós uma parte desse trabalho que muita gente desconhece e do qual eu tenho muito orgulho. Nessas imagens temos o verdadeiro Programa Mais Médicos, com os profissionais em atendimento, colaborando para a construção de um SUS cada vez mais acessível à população”, afirmou o diretor do DEPREPS, Denilson Campello.

Por Priscilla Klein, do NUCOM/SGTES
Atendimento à imprensa
(61) 3315-3580

 

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